Ela é assim.

Ela parece ser só mais uma menina, inocente, a qual a vida sempre maltrata. Mas sabemos que ela é muito mais que isso. Na verdade, ela é uma especie quase em extinção. Ela tem coragem, ela se desafia, ela aceita a monotonia, mas sempre a reinventa, ela enxerga a luz do fim do túnel, na verdade, ela é a luz no fim do túnel.
Ela não tem medo. Não teme o inesperado, não se espanta com a indecisão. Ela se joga de cabeça num abismo profundo só pra que sua luz se faça claridade, ela faz isso sem pára-quedas.
Seu lema é que a vida, de tão rara e curta, que deve ser vivida por inteira. Sim, ela alimenta expectativas sem medo, ela se doa por inteiro e nisso ela recebe muito mais, e sonha alto.
É espontânea como uma jovem que acaba de descobrir o mundo, como uma inconsequente e desvairada, mas não. Ela tem sede de fazer, acreditar e ter fé. Ela não sabe esperar. É urgente no que quer.
Maluca, romântica, errática, ela não acha perca de tempo acreditar no amor eterno, nem na fidelidade plena. Ela crê nisso, mas não crê que seja indispensável para a felicidade constante. Ela sabe que felicidade é relatividade. Ora está bom, ora está deitada, enrolada em cobertas, assistindo aquela comedia romântica, bebendo seu cappuccino, e claro, chorando. Mas sabe que a vida exige, e a felicidade muito mais, exige coragem.
Ela tem pena de quem aceita a vida fria, morna, no meio termo. Ela sempre preferiu o "não" seco, que o "talvez" doce. Ela parece sensível, mas é guerreira. Ela parece mandona, mas é frágil. Ela não é nenhuma mocinha de contos de fadas, não é a boazinha, mas tem em si um coração que derrama amor.
Ela é impulsiva, e deixa a emoção gritar mais alto. As vezes deixa o adrenalina do momento comandar suas atitudes e palavras. O que lhe geram problemas as vezes. Embora o vento não volte com suas palavras, ela sempre tenta reparar a bagunça que causou.
Ela se machuca sim, e acontece sempre, é difícil prevenir. Mas não porque quer, e sim porque ela vive demais, ama demais, ajuda demais, é completa demais. E não é sempre que o mundo fala sua língua ou acompanha seu ritmo.
Quem é ela? Eu não sei, só sei que, sem dúvidas, ela é luz, ela é assim.


Thaís Vasconcelos

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