Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.

Se você me ver por ai, diria: lá vai uma garota, com dois olhos, uma boca, duas pernas, uma vida normal e nenhum problema em sua mente. Ou não diria nada, porque nada em mim me atormenta.
Não tenho motivos para gritar, meus problemas são pequenos perto dos de outra pessoa.
Eu sou só uma pessoa, com a vida nos trilhos, independente se o trem que percorre sobre eles vem em alta velocidade, o que me importa é que ele ainda faz o percurso certo.
Seria um grande pecado eu não dar valor a essa vida, não é mesmo?
Com tanta gente pior por ai, tanta fome, tanto medo, tanta dor. Seria um pecado não ser completamente feliz. E sorrir, todos os dias, o tempo todo. E seguir a vida com os pés no chão.
E eu sou feliz. Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda, tenho muita vida pela frente.
É como eu sempre digo:
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
De vez em quando eu fico triste do nada, com motivo, sem motivo. Mas também fico feliz sem perceber, com razão, sem razão. Isso é importante. Saber driblar a tristeza, e sempre dizer a si mesma: -Nada acontece na vida por acaso, para tudo tem uma solução, e sorrir é a melhor delas.
De que adianta falar de motivos, ás vezes basta um só, ás vezes nem juntando todos. A cada dia que eu vivo, vejo que o maior desperdicio da vida é não enxergar os momentos bons, o desperdicio está no amor que não damos, na força que não usamos, na prudencia egoista que nos faz ter medo de se arriscar, e no medo do sofrimento, que assim perdemos a maior dádiva, a felicidade.
O sentido da vida é estar vivo, e aproveitar. É tão óbvio e simples. Mesmo assim, todo mundo não para de correr em pânico, como se fosse necessario conseguir conquistar algo, alem de sim próprio.
E assim, finalmente eu descobri, que a unica razao de estar viva, é desfrutar a vida.
Eu estou sempre indo e vindo, vivendo instensamente para o amor, vivo quebrando minha cara, vivo de casa em casa, pulando as janelas, esperneando a dor, superando.
Eu vivo intensamente cada dia, portanto não lembro de muita coisa. O que passou ficou mesmo para trás.
Lembro sim, ás vezes, lembro do mar, do vento, da amizade, dos conselhos dos meus pais, das brincadeiras puras de criança, das viagens, do primeiro amor, e de outras tantas paixões, de todos abraços verdadeiros.
Eu entrego-me, para a paixão, loucura, sedução. Eu me firo, eu sangro, eu me deito e juro: nunca mais... ai eu adormeço.
O tempo passa. eu esqueço o que jurei, e acordo outra vez, para viver, amar, ser feliz.
Tudo isso sem medo. Sem receio. Sem procurar motivos.
Poque ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.


Thaís vasconcelos

Nenhum comentário

Postar um comentário