Chega, cansei. O programado não é o meu programa. Eu deveria ser diferente, deveria pensar com a razão, socializar, rir das piadas sem graça que as experiências dos outros me contam.
Mas, que se dane.
Eu não vou usar porque você acha legal, não vou beber suas desculpas porque é adequado e cai bem para socializar com alguns trouxas que você arrumou para te aplaudirem de pé, enquanto conta suas vantagens como alguém que ganhou uma guerra, semana passada.
Me dei conta de que não nasci para agradar os outros, ninguém nasceu, na verdade.
Minha necessidade tem que dançar conforme as vontades da minha alma, e o que os outros vão pensar?
Bom, o que eles irão pensar, sempre foi e, sempre será, problema deles.
É engraçado quando as pessoas se deparam comigo e dizem:
“Nossa, mas como você mudou, não te reconheço mais.”
Pois é, o meu reflexo está exatamente da forma como eu gostaria que estivesse, gargalhando para minha insensatez e mandando minha razão calar a boca, quando necessário.
Nunca fui um bom exemplo, de fato. Danço, bebo e desligo o telefone quando me convém, mas e daí? Qual é o problema? Qual é o capítulo da bíblia que está escrito ‘’Fulano não poderá ser dono das suas vontades.’’?
Aprendi a tomar minhas rédeas antes de qualquer um e não decorar falas bonitas para causar boa impressão.
Sentei no muro do tempo e balanço as pernas mais faceiro que uma criança com brinquedo novo, é a vida que me carrega para os fins sem que eu precise justificar os meios.
Dizer que não me arrependo de nada?
Bobagem. Só não se arrepende de algo quem nunca aprendeu com seus erros.
Eu ainda vou ralar muito a cara, vou chorar por ter feito algumas escolhas erradas e vou cometer os mesmos erros, mais de uma vez, para me certificar que eles continuam sendo erros.
Eu continuo o mesmo, acordando cedo, dormindo tarde e rindo sozinho enquanto caminho pelas ruas com os meus fones de ouvidos no máximo.
Apenas parei de desgostar dos meus gostos, e demiti o meu ego do cargo de professor.
(Autor Desconhecido)

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