Eu uso óculos, e por trás dessa lente também bate um coração.

Tem gente que usa porque precisa, mas também tem a galera que encara os óculos como uma extensão do estilo pessoal. Pira no look porque está a fim de brincar e se divertir com as armações diferentes. E realmente, hoje em dia não falta opção.
O mundo que eu vejo sem óculos é todo borrado, desfocado, pálido e desfigurado. Ele sempre foi assim meio modernista. À noite as luzes são grandes bolas coloridas cheias de raios de luz dentro, difícil de explicar. É horrível, parece uma bad trip de alguma droga bizarra.



O mundo é feio para mim e sempre foi.

Eu era bem novinha quando descobri que precisava de óculos. Quando usei óculos pela primeira vez foi como se eu estivesse vendo colorido um filme que sempre foi preto e branco. E como era lindo esse mundo novo! O óculos me deixava feia, mas eu precisava dele para enxergar melhor a vida.
Usar óculos não é apenas questão de estilo, mas, principalmente, de sobrevivência. Qualquer míope sabe os riscos de atravessar uma avenida movimentada sem os óculos. Quem tem um problema de visão também sabe que seu temperamento e seu equilíbrio dependem das lentes corretivas.
Quem nunca se sentiu perdido no trabalho ou na escola quando esqueceu os óculos em casa? Atividades simples do dia-a-dia tornam-se tarefas quase impossíveis de serem realizadas. Mas o que mais acontece quando fico sem enxergar direito? Fiz uma reflexão para “visualizar” meu grau de dependência dos óculos e, também, reconhecer que usar óculos tem lá suas vantagens.
Com óculos eu, enxergo melhor, aparento ter mais idade, passo maior credibilidade como profissional, fico mais séria e responsável, não tropeço ao caminhar na rua, consigo ler até as letras mais miúdas (principalmente os letreiros dos ônibus), assisto aos filmes e programas de TV legendados, mas não fico à vontade para dançar numa festa (acho que pista de dança não combina com quem usa óculos – a menos que esteja tocando a música “Óculos”, de Os Paralamas do Sucesso).
Sem óculos eu, fico distraída, enxergo embaçado (de perto e de longe), confundo ou não cumprimento as pessoas na rua, acho que estou mais bonita ao olhar no espelho (pois não reparo em algumas imperfeições), não consigo ver o preço dos produtos em lojas e supermercados, eu posso ser multada numa blitz de trânsito (se estiver dirigindo), tenho dores de cabeça por forçar a visão, etc, etc, etc...
O mundo que eu vejo de verdade sempre foi por trás das minhas lentes dos óculos, esses pedacinhos mágicos de vidro que deixam tudo mais nítido e colorido. Você já experimentou ver uma paisagem por trás de uma janela e depois abri-la? As cores são diferentes. Totalmente diferentes. Com os óculos eu sei que eu não vejo o mundo como ele é, mas sim uma edição dele, com um enquadramento novo, com um filtro de cor. É como se fosse aquela edição que é feita depois de todas as cenas de um filme terem sido gravadas.


E por falar em óculos… Esses dias me deparei com uma matéria. “Como escolher o modelo certo de óculos para você”. Olha, não é querer desmerecer o trabalho dos consultores de estilo (longe disso!), mas é bem simples escolher o “modelo certo” para você. Quer ver?


Passo 1- entrar na ótica e visualizar os modelos disponíveis
Passo 2- experimentar os modelos que você gostou
Passo 3- não se sentiu bonita de óculos? Repita os passos acima.
Passo 4- se achou linda de óculos? Pronto, este é o modelo certo para você.


Brincadeiras à parte, o que quero dizer é que discordo destas “regras” de estilo que dizem que rosto redondo combina com óculos retangulares ou quadrados. Ou que para usar armação retangular você tem que ter o rosto oval. Na prática, tudo se resume em: estou me sentindo linda/o assim ou não.
E vamos combinar, não há nada melhor do que enxergar em 3D, né!?



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Thaís Vasconcelos


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