Eu não consigo me apaixonar.

Eu sentia falta, mas aprende a preencher essa falta com a solidão carregada de companhias. Na verdade fui me acostumando, pois a minha vida é recheada de mudanças, aprendei a me desapegar, pois sei que em sempre as pessoas iram ficar, não que eu não sinta saudades lógico que sinto, mas uma hora eu tive que aprender a conviver com perdas, perdas de pessoas que ainda estão por aqui, mas não permaneceram em minha vida como eu as queria. Não me tornei uma pessoa insensível, mas um pouco mais defensora, defensora de meus sentimentos.

Nos primeiros anos foi bem difícil ver algumas pessoas se distanciando, e eu mesma ter que me distancia pois via que por mais que eu gostasse aquela pessoa não me tratava com o mesmo valor. As partidas me raziam muitos recados, mensagens gigantescas recheadas com sentimentos. Em datas especiais era ainda pior, aumentavam aqueles sentimentos, era um tipo de saudades. Mas a cada ano eu aprendia que aquilo era necessário e com o tempo tudo iria se ajeitar da melhor forma que eu pudesse vivenciar.



Eu demorei para aprender a lidar com as mudanças que a vida nos trás, mudanças d todos os tipo. Mas depois me acostumei, pois é necessário. E consequentemente esse costume veio rondar minha vida amorosa - que vida amorosa? Sempre me perguntei por que não conseguia me apaixonar por ninguém, eu até tenho vontade, mas nada que o outro faça me parece suficiente, as pessoas perderam o interesse, não são mais interessantes.
Certo dia perguntei a uma pessoa a pergunta que sempre faço a mim mesma, e ela me respondeu: "No fundo você não quer se apaixonar."

Comecei a revirar meus pensamentos na busca desse bloqueio que não me permite envolvimentos amorosos. Ainda não achei. Deve estar bem escondido, pois a vontade é de viver um amor. mas os laços criados são Tênues, não suportam o peso do desapego. É, talvez seja isso, o costume do desapego realmente preencheu grande parte das minhas emoções. Assim, continuo navegando cm meu barquinho, aportando em portos bonitos - ouros nem tanto. Mas sempre seguindo viagem, depois de ver que mais uma vez minhas buscas não passaram de desejos; que o terceiro beijo perde a graça. Perde a graça entre os pensamentos comparativos de outros portos.

Continuo viajante, na mudança de lugares e paixões até encostar-me em uma cais que me prenda a ponto de não haver mais vontade de navegar outros mares.




Textos retirado do blog Jornalismo de Boteco!


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