A ultima mulher que andou nos trilhos, o trem pegou.

Eu andei pensando muito sobre a expressão "ser uma mulher livre" e cheguei a conclusão, que uma mulher livre é exatamente a "vadia" perante a sociedade.
No significado global de mulher temos: o ser humano feminino, considerado em conjunto, ideal ou concretamente. Já no contexto de livre, encontramos: que é dono de si e de suas ações, que não está sob o jugo, que não é escravo de outrem. Ou seja, Mulher livre: mulher que está disposta a ser quem quiser, quando quiser, onde quiser, que faz sexo casual, que faz o que quer com seu corpo, com sua vida.
Esses dias li uma frase que dizia, "o necessário para a independência de uma mulher é cultura, é a instrução, a independência econômica. No dia que ela tiver independência econômica, ela é dona de si mesma". E sim, eu concordo, não queira ser livre, dependendo de alguém.
A nós mulheres nos interessa refletir sobre o que é ser livre em pleno sexo XXI, é de nossa vida esclarecer pra nós mesmas nossos limites, e também esclarecer aos outros que muitos estão equivocados quando esse assunto se vem a tona. Eu não acho legal ser a "vadia" que a sociedade impõe, e você também não tem que achar e conviver com isso.
E já vi algumas pessoas contrárias ao meu pensamento que me questionaram o por que de nós mulheres termos tanto a necessidade de explicar a nossa liberdade. Eu sempre tive em mim que a liberdade só existe pra mim quando mais alguém é livre, a nós mulheres não nos interessa apenas a liberdade unica, mas sim como um todo. Quando eu falo em liberdade eu não falo somente sexualmente e moralmente. Quero a liberdade de ser como sou, feminina ou não, sem imposição de padrão de beleza ou comportamentos ideais. 
Quero ser livre para escolher, entre engravidar ou não, ter minha mente livre, diante de marido, Juiz, padre e qualquer outro. 
Mas como não fazer a liberdade ser sinônimo de disponibilidade? Eu acredito que tudo vem da sua personalidade, isso é dizer um não. Ser livre, não é estar disponível constantemente. 
Toda mulher é livre para escolher o caminho que a realiza. 
Mas eu digo de realmente escolher, se uma mulher sente prazer em ser dona de casa, por exemplo, o feminismo já julga, desconsiderando-a, mas se isso a satisfaz, porque oprimi-la? Isso é tão prejudicial quanto o machismo. 
A questão não é o que a gente faz, e sim como a gente faz.
Mulheres, que sejamos livres para cozinharmos para os maridos se quisermos, não cozinhar se não quisermos, sermos donas de casa se pudermos/quisermos, assim como não sermos também, frequentar bares se quisermos, ou não frequentar, que sejamos solteironas se quisermos, ou que nos agarremos a alguém, desde que nossos atos sejam por nossa própria consciência, e não porque o machismo ou o feminismo impõe.
Tenhamos o direito de escolha, com amor, leveza e alegria.
Que saiamos dos trilhos, porque a ultima mulher que andou nos trilhos, minha amiga, o trem pegou.



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