Enfim tudo começou, e irônico, da maneira que eu nunca imaginei, de um jeito que eu nunca botei fé.
Nós começamos a nos falar todos os dias, a todo momento, como se tivéssemos sempre algum assunto pendente. Porém mais do que troca de mensagens a todo momento, ele passou a me ligar a noite, vezes pra passar a madrugada “juntos”, outras apenas pra desejar bons sonhos, enfim.
Eu comecei a me sentir meio idiota por saber que passei a ser dependente dessa situação e, por um momento eu tentei entender o porquê de eu gostar dele e dele gostar de mim.
Eu procurei por muito tempo alguém como ele, em cada rosto que passava por mim, em cada conversa superficial que surgia durante o dia, mas eu sempre voltava pra casa com a mesma sensação de vazio.
Fui longe pensando, afinal alguns quilômetros existem entre nós, mas não foi empecilho pra eu chegar a conclusão que existem várias formas de amar, e que eu tinha descoberto a mais bonita delas, eu amei a sua alma antes mesmo de amar o teu corpo.
Não é tão complicado de entender quanto parece, afinal amar é mais do que convivência. Amar é respeitar, é confiar, é aceitar e encarar todos os obstáculos juntos, inclusive a distância que os separam, melhor, que nos separam.
E sabe aquela falta de fé dita no início ? Então, ela transborda em mim quando eu peço baixinho pra Deus manter ele aqui dentro, e me manter dentro dele também, sempre na mesma intensidade. Porque foi naquele momento, quando ele disse que me amava e eu sorri, no momento em que um arrepio percorreu o meu corpo, e que eu senti a necessidade de dizer o mesmo, que eu percebi que ele era o amor da minha vida. Dessa e de tantas outras.
Juliana Ramiro.

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