Não, não sou feminista, feminina, feminazi. Eu sou o que eu sinto e eu sou o que eu quero ser, e por isso eu sou muito, muito mais do que eu posso descrever, e nunca conheci alguém que fosse mais sentimental do que eu. Eu sinto demais.
Me sinto enjoada toda vez que aquele cliente que eu atendi semana passada diz que quando ele ganhar na loteria vai me levar pra Paris, ele deve pensar que estou a venda, e que o prêmio da loteria é o meu preço. Fico me perguntando se ouvir essas coisas é normal, olho no espelho e procuro a etiqueta, deve ter um preço escrito em algum lugar, mas eu não vejo.
Me sinto estranha quando me falam que eu deveria casar com fulano para ter uma boa estabilidade financeira, me sinto comercializável, me sinto objeto. É como se eu não fosse capaz de me virar sozinha e tivesse que me vender de vestido branco e grinalda.
É, eu me sinto mal quando saio com um cara que sempre faz questão de pagar a conta sozinho. É como se ele dissesse com essa atitude: você estudou mais de 20 anos, mas eu sou melhor que você, eu ganho mais que você, ainda que eu tenha estudado menos que você, porque eu sou homem. Eu me sinto inferiorizada.
Me sinto extremamente irritada quando alguém diz que eu deveria fazer qualquer coisa para agradar outra pessoa, isso inclui o que eu visto, que maquiagem eu uso, o jeito como eu me arrumo.
Me sinto mais objeto, mais comercializável. Me sinto menos mulher, menos humana, perto dessas pessoas, diante dessas atitudes, dessas palavras.
É mimimi, dirão os misóginos e alguns alienados. Não importa. Seja o que for é o meu direito de sentir e de falar, é minha opinião. Ninguém é obrigado a concordar comigo, mas para aqueles que forem participar ou falar da minha vida, concordando ou não, é dever respeitar. Eu mereço respeito, mereço ser tratada como mulher, como humana.
Vim aqui pois achei o poema migalhas de amor em um vídeo e vim buscar a escritora. Já amei seu blog de cara por causa dessa torre eiffel. Parabéns pela criatividade com o nome do blog, muita gente não sabe o quanto é dificil pensar em um. Depois queria te parabenizar porque estou voltando com o blog e reparei que muita gente abandonou então fico feliz que o seu esteja vivo. Finalizando post fenomenal! Não precisamos ser feministas ou qualquer coisa exacerbada pra gritar quanta coisa nos incomoda e muitas fingem que não veem. Não merecemos ser rotuladas, comercializadas, objetificadas nem abusadas! Queremos o respeito que temos direito!! Parabéns, voltarei mais vezes.
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